Em 1951, Getúlio Vargas retornou a presidência da República,
dessa vez por meio do voto popular. Vargas se candidatou pelo PTB e recebeu
apoio do Partido Social Progressista (PSP), vencendo o pleito de 1950 com 48,7%
dos votos. O segundo mandato presidencial de Getúlio Vargas foi marcado por
importantes iniciativas nas áreas social e econômica.
Na fase final do seu governo, porém,
as pressões de grupos oposicionistas civis e militares desencadearam uma aguda
crise política que levou Vargas a interromper seu mandato com um ato que
atentou contra sua própria vida: o suicídio.
No primeiro ano de
seu governo, Vargas estabeleceu o monopólio estatal sobre o petróleo, a partir de uma
campanha de cunho nacionalista que recebeu forte apoio popular. A campanha foi
denominada de "O petróleo é nosso", e conseguiu galvanizar o apoio do
povo ao governo federal.
A partir dela,
criou-se a empresa estatal Petrobrás, que monopolizou as atividades de
exploração e refino do todas as reservas de petróleo encontrado em território
brasileiro.
A oposição ao governo
varguista foi crescendo paulatinamente à medida que o país era agitado por
manifestações de protesto e greves trabalhistas. Críticas e pressões
oposicionistas minaram rapidamente a estabilidade governamental.
Em 1954, a crise
política desestabilizou o governo Vargas. No início do ano, o então ministro do
Trabalho, João Goulart, concedeu um aumento salarial de 100 por cento aos que
recebiam salário mínimo. As pressões de grupos oposicionistas contrárias à
medida foram tão violentas que o governo recuou, e o ministro João Goulart foi
obrigado a renunciar ao cargo.
O episódio
desencadeador da crise final do governo Vargas ocorreu com o atentado
fracassado contra a vida do jornalista Carlos Lacerda. Esse episódio ficou
conhecido como "o crime da Rua Toneleros". Carlos Lacerda apenas se
feriu, mas o major da aeronáutica Rubens Vaz morreu.
